A apresentação pública da candidatura do Bloco de Esquerda à autarquia de Matosinhos decorreu este sábado no Pavilhão da Escola Secundária João Gonçalves Zarco e contou com os medleys e cantigas da banda "Primeira à Esquerda" na abertura da sessão. Seguiu-se as intervenções de Marco Santos (candidato à União de Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo), Ernesto Magalhães (candidato à Assembleia Municipal), Ferreira dos Santos (candidato à Câmara Municipal) e ainda com a participação da eurodeputada Marisa Matias.
Os candidatos revelaram parcialmente o programa político que abrange várias áreas de interesse como a: mobilidade, reabilitação urbana, ambiente, habitação, apoio à infância, apoio à velhice e transparência da autarquia.
O candidato à Assembleia Municipal denúnciou os focos de emprego precário que existem no concelho como o Norteshopping e Marshopping entre outros. Abordou ainda os problemas ambientais de Matosinhos como o poluído rio Leça, questão relevante para o BE que à vários anos denúncia, e da arborização de Matosinhos dando foco às faixas de terreno laterais da auto-estradas (são 4 as auto-estradas que atravessam o município) medidas que tentam limitar o foco de poluição ambiental e sonora.
Ferreira dos Santos afirmou que a primeira preocupação vai para “a defesa da democracia e a necessidade de transparência de procedimentos, para que se recupere a confiança dos cidadãos na política e aumente a participação cidadã, bastante abalada, como bem o mostra a crescente taxa de abstenção”. A par da crítica à insuficiência de apoios para creches e jardins de infância e à falta de adaptação do espaço público às necessidades dos cidadãos com dificuldades, a candidatura defende o reforço dos transportes públicos, “que sejam transversais às diferentes freguesias e que promovam maior e melhor mobilidade dos cidadãos, minimizando a utilização de veículos privados”. Sublinhou ainda que “a prioridade de opções deve ser dada aos peões e aos veículos não poluentes”, e defendou que a reabilitação urbana deve ser “um meio de criar melhores condições de habitação para os matosinhenses, sem os afastar dos seus habitats tradicionais”. Salientou ainda que o “o turismo e a captação de turistas não são de modo nenhum descartáveis, mas não podem servir de pretexto para desertificar os centros das cidades, provocando aquilo a que se chama gentrificação, como já se verifica em Lisboa e no Porto”.
Foram apresentados os seguintes candidatos: